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Squads: dicas para reter desenvolvedores talentosos

A retenção de desenvolvedores é um dos principais desafios enfrentados pelas empresas que dependem de tecnologia. Esse é um mercado competitivo para os empregadores, que precisam agir contra a rotatividade em suas equipes.

Mais que um problema nacional, esse é um desafio global. Cerca de 75% dos desenvolvedores de software estavam procurando ativamente um emprego ou se mantinham abertos a novas oportunidades em 2021, segundo um relatório da Stack Overflow. 

Diante desse cenário, uma alternativa eficaz para as empresas manterem os colaboradores engajados e interessados em seus projetos é a adoção de squads de tecnologia.

Os squads são equipes multidisciplinares, engajadas e orientadas para objetivos em comum. Gerenciadas em parceria entre o cliente e o fornecedor do serviço, esse modelo tende a reduzir o desgaste na busca por talentos e, consequentemente, gera benefícios práticos no negócio.

Neste texto, vamos entender por que é tão importante reter talentos na sua empresa e como os squads podem ser a solução para esse desafio.

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Por que é necessário reter talentos na sua empresa?

Para empresas de todos os setores, a retenção de talentos é uma estratégia importante para reduzir custos diretos e indiretos, como:

  • Custo de contratação – a contratação de profissionais de desenvolvimento de software envolve custos de busca, atração, seleção e negociação com candidatos. Diante de um cenário de escassez e urgência, muitas vezes a empresa pode se ver pressionada financeiramente.
  • Custo e tempo de treinamento – um novo desenvolvedor leva, em média, de um a dois meses para se atualizar e começar a se integrar em uma equipe. Dessa forma, cada vez que há uma troca de colaborador, existe atraso que impacta as entregas do setor.
  • Riscos para a memória institucional – mesmo nas empresas com os processos mais bem documentados, existe uma perda de conhecimento que ocorre junto com a saída de um profissional. Isso se traduz em retrabalho, atraso e perda de eficiência para a equipe remanescente.

Todos esses aspectos são relevantes em praticamente todos os setores, e profissionais talentosos sempre serão disputados no mercado. No entanto, no caso da tecnologia da informação, é necessário ter uma atenção especial. Afinal, estamos falando de um trabalho altamente qualificado e que tem uma demanda em crescimento acelerado. 

Segundo o Bureau of Labor Statistics dos EUA, a expectativa é de que a demanda por engenheiros de software cresça 22% no período entre 2019 e 2029.

Portanto, se hoje já é desafiador manter a integridade de uma equipe de desenvolvedores de software na sua empresa, a tendência é que a concorrência por esses profissionais se torne ainda mais acirrada nos próximos anos. 

Além disso, precisamos lembrar que, em uma atividade como a de desenvolvimento de softwares, a atuação e a qualidade dos profissionais está diretamente ligada ao resultado que você terá. Portanto, investir em uma equipe talentosa é fundamental para qualquer empresa que dependa desse serviço.

Os pilares do IEBT para a retenção de talentos

No IEBT, temos um time com mais de 150 profissionais de inovação e tecnologia e nos orgulhamos de um índice de retenção de talentos acima da média do mercado. Esse resultado vem de uma história de mais de 13 anos de atuação, em que colocamos a gestão de pessoas como um dos pilares estratégicos da nossa companhia. 

Essa decisão está alinhada às recomendações dos principais especialistas em negócios mundiais, que reconhecem a importância de um olhar amplo para a gestão de pessoas. Segundo a consultoria McKinsey, a retenção de talentos não deve ser encarada como um exercício pontual para solucionar um problema. Além de uma combinação de incentivos financeiros e não financeiros, a recomendação é promover uma atenção contínua aos colaboradores, com comunicação, clareza e esforço prático para o progresso da equipe e da empresa. 

O comprometimento do IEBT com a retenção de desenvolvedores se traduz de diversas formas práticas. O diretor de Pessoas e um dos sócio-fundadores do IEBT, Ricardo Almeida, explica como é a estratégia de retenção de talentos da empresa, estruturada a partir de três pilares: 

  • Ambiente de trabalho

No IEBT, buscamos garantir um ambiente agradável para todos os colaboradores. Segundo a pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho 2022, o ambiente de trabalho é o principal fator levado em consideração por profissionais brasileiros em posição de liderança e o segundo mais importante para aqueles que não estão na liderança.

  • Desenvolvimento 

Tão importante quanto o bem-estar do colaborador no dia a dia, é entender se todas as pessoas que fazem parte da equipe estão se desenvolvendo ao longo do tempo. Seja em relação às hard ou às soft skills, é importante para a empresa e para o colaborador que haja uma evolução contínua. Essa é uma forma de ambos crescerem juntos e, no caso do desenvolvedor, de dar oportunidade para que ele se desafie e entenda que permanecer na companhia é um investimento em si mesmo.

  • Remuneração

A remuneração é um fator-chave em um mercado de talentos tão disputado como o de desenvolvedores de softwares. Ainda que ela não se sustente isoladamente para reter os melhores colaboradores, é fundamental que a empresa ofereça um pacote justo e vantajoso para a equipe. Por isso, no IEBT mantemos uma política de remuneração competitiva. 

Leia também: Manifesto IEBT

Métricas para retenção de talentos

“Esses três pilares nos norteiam, mas, na prática, eles se desdobram em programas, ações e métricas. Avaliar frequentemente os indicadores da gestão de pessoas é um dos segredos do IEBT para reter talentos”, ressalta o diretor Ricardo Almeida. 

O que as métricas do IEBT avaliam – e que sua empresa também pode aplicar para a retenção de desenvolvedores talentosos: 

  • Verificar como o colaborador se sente;
  • Aprimorar a cultura de feedback da empresa;
  • Dar a liberdade de melhorias;
  • Entender quão eficazes os treinamentos têm sido.

No IEBT, tanto verificamos métricas coletivas, como o NPS, quanto estamos interessados no gerenciamento individual, para entender qual é a satisfação dos nossos colaboradores em cada projeto, se a pessoa se sente desafiada, se o relacionamento entre líderes e equipe é adequado, se a jornada de trabalho está dentro do previsto.

A escolha das métricas deve ter como foco conhecer melhor os colaboradores, entender suas necessidades e ser uma ferramenta para os gestores apoiarem essas pessoas. Além disso, ajuda a organização a criar seus programas mais estruturados. 

Essas informações ajudaram, por exemplo, na criação de um plano de carreira bem estruturado no IEBT e a definir um time de cultura e pertencimento mais amplo do que o que vemos em outras empresas. Para se ter uma ideia, nós contamos com um Business Partner para cada 25 colaboradores. Da mesma forma, foi olhando para esses indicadores que criamos planos de desenvolvimento individuais e coletivos, tornando mais robusto o conhecimento da empresa; criamos programas de incentivo de longo prazo e utilizamos ferramentas de people analytics para ajudar cada colaborador a se conhecer e pertencer.

E para atrair talentos? Qual a dica? 

A retenção de talentos é uma tarefa que vem após outra etapa também desafiadora: a atração. 

Existem diversos motivos que levam uma pessoa a buscar a sua empresa. Mas, para atrair os melhores talentos – tanto em competência quanto em alinhamento com o que sua companhia espera de um colaborador –, é necessário ter clareza sobre quem é a sua empresa e o que você procura.

O IEBT, por exemplo, é uma empresa inovadora e conectada com o conhecimento científico. Como consequência, alunos e ex-alunos das principais instituições de ensino do Estado tendem a ter interesse em fazer parte do IEBT – até porque nossa reputação já é conhecida por muitas dessas instituições que são clientes da nossa empresa.

Esse tipo de estratégia está ligada ao que se pode chamar de employer branding

Esse é um conceito que se refere à gestão da reputação de uma organização como empregadora.

Toda empresa tem um conjunto de características construído ao longo do tempo, que formam uma impressão frente ao potencial colaborador como um local interessante (ou não) para se trabalhar. Sabendo disso, a empresa que busca os melhores talentos não apenas trabalha para se tornar uma boa empregadora como para dar visibilidade às características que a tornam atraente.

Metodologia Squad

Squad é um termo em inglês que significa tropa ou pelotão. Esse é um conceito que se refere ao trabalho em equipe, normalmente multidisciplinar e autogerenciado, com foco em um objetivo comum. 

No IEBT, por meio da nossa unidade de negócios IEBT Digital, trabalhamos junto com nossos clientes para a formação de squads ágeis de desenvolvedores de software. Temos cases de sucesso em grandes corporações, como a 123Milhas

O interessante dessa metodologia é que levamos pessoas do nosso time para atuar em conjunto com os times dos clientes. Como vimos acima, o IEBT realiza um trabalho amplo para atrair e reter desenvolvedores de software provenientes de universidades de ponta, com cultura alinhada à nossa empresa e que participam de projetos de gestão de pessoas de forma estruturada. 

Assim, durante a realização dos projetos, nossos clientes têm acesso a esses colaboradores – altamente engajados e imersos em nossa cultura de entregar excelência –, sem precisar fazer o investimento direto na atração e retenção desses talentos. 

Além disso, como trabalhamos em parceria, nossa metodologia de squads compartilha o conhecimento com o cliente. Nesse caso, a empresa contratante pode terceirizar toda a operação ou apenas as funções de gestão como Gestores de Inovação, Product Owners e Product Manager, Consultores Digitais e TI.

Quer saber se a metodologia de squad ágil se aplica à sua empresa? Conheça o IEBT DIgital