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A sustentabilidade energética e o papel do Hub de Energia Limpa e Renovável

É urgente efetivar o conceito de sustentabilidade energética, promovendo iniciativas tais como o Verde Hub, do qual o IEBT é parceiro.

Por Manuela Cota Guimarães *

A sustentabilidade energética ganha espaço no debate socioeconômico à medida que a grave crise hídrica avança no Brasil, afetando os negócios e a população.

O abastecimento de energia, tão essencial para o desenvolvimento do país, é uma das principais preocupações de organizações públicas e privadas.

Nesse contexto, torna-se extremamente relevante a busca e consolidação de outras fontes de energia, mais limpas, seguras e acessíveis.

No entanto, esse não é um processo simples. Ele engloba questões legais, técnicas e de mercado, exigindo o envolvimento de vários agentes.

Mas, afinal, o que é sustentabilidade energética?

O conceito de sustentabilidade energética

A sustentabilidade energética é muitas vezes confundida com a eficiência energética e, também, com o conceito de energia limpa.

Apesar de terem muitos pontos em comum, é importante diferenciar esses temas para melhor entender o cenário energético atual do país e do mundo.

A eficiência energética diz respeito a conseguir fazer mais com menos gastos, seja na geração ou no consumo de energia.

Assim, ela está bastante relacionada ao funcionamento de equipamentos de geração ou equipamentos elétricos e ao consumo de matérias primas para a geração de energia.

Diferentemente, a energia limpa é aquela que é gerada a partir de fontes não poluentes. Assim, a geração de energia limpa não é necessariamente eficiente.

Por sua vez, a sustentabilidade energética diz respeito ao uso sustentável, ou equilibrado, dos recursos energéticos. Ou seja, suprir as necessidades energéticas das comunidades sem degradar a natureza.

Ainda é possível explicar melhor esse conceito, considerando o custo da energia como um pilar da sustentabilidade.

Então, fica mais fácil compreender que, apesar de ser essencialmente diferente de eficiência energética e de energia limpa, a sustentabilidade energética engloba esses dois conceitos.

Diante disso, ressalta-se que o Brasil está longe de alcançar a sustentabilidade energética, tanto em termos legais quanto em aspectos técnicos ou operacionais.

Mas, ao mesmo tempo, trata-se de um dos países com maior potencial de geração de energia limpa do mundo.

Por isso, é necessário um esforço organizado para conduzir a transição energética no Brasil. Um bom exemplo disso é o Hub de Energia Limpa e Renovável, Verde Hub, nascido da parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa da UFMG (Fundep).

O Hub de Energia Limpa e Renovável

Cientes do contexto de insegurança energética vivido no Brasil e da necessidade de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, como definido no Acordo de Paris, algumas das empresas mais importantes do setor se uniram para idealizar o Hub de Energia Limpa e Renovável.

Ele se propõe a impulsionar a sustentabilidade energética por meio da pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e conexão entre startups e empresas que atuam em energias.

Ao IEBT, coube projetar toda a construção do Verde Hub, conduzindo um processo que teve participação ativa das instituições apoiadoras e foi estruturado a partir de metodologias de design thinking, inovação e definição estratégica.

O CEO da empresa, Paulo Vítor Guerra, reforça que: “ao se falar em transição energética, é fundamental o emprego das tecnologias e da gestão da inovação em prol do desenvolvimento de novas energias, sempre com foco em resultados”.

Durante essa jornada, ficou evidente a importância que o Verde Hub já assume tendo em vista o futuro da energia no Brasil. Ele conecta agentes da universidade, do governo e de empresas em prol da sustentabilidade energética.

A importância dos hubs de inovação

A parceria entre a UFMG e empresas como Accenture, Alsol Energisa, Bravo Motor Company, CEMIG SIM, Detronic Energia, Omexom, Stellantis e Unicoba reforça o valor que essa iniciativa tem para o setor de energia nacional.

Finalizando este artigo, é preciso ressaltar que os hubs de inovação assumem relevância estratégica para empresas que buscam crescer e se destacar no mercado.

A experiência do IEBT na concepção e operacionalização dessas iniciativas aponta que, de fato, é vantajoso para os negócios fazer parte de um hub.

Os benefícios são muitos, desde conexões com grandes players até capitalização e acesso a novas tecnologias, como as que impulsionam a sustentabilidade energética.

Vale a pena entender melhor como funcionam e qual a importância dos hubs de inovação. Saiba mais clicando aqui.

* Manuela Cota Guimarães é acadêmica de engenharia química na UFMG. Como analista junior de projetos do IEBT, ela atuou junto ao Verde Hub em todas as fases do processo.