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Business agility: conceito, vantagens e como colocar em prática.

O business agility permite que os negócios desenvolvam a capacidade de adaptação rápida às mudanças do cenário externo. Entenda neste artigo!

O termo business agility está cada vez mais em alta no cenário corporativo. Porém, ao contrário do que se costuma imaginar, o conceito de agilidade não deve ser entendido apenas como velocidade na tomada de decisão.

De forma mais abrangente, ser ágil pode significar ter flexibilidade suficiente para desviar de obstáculos e mudar de direção com o mínimo de energia e tempo possível.

Assim, o conceito de business agility está diretamente ligado à adaptabilidade, ou seja, a capacidade de se ajustar aos desafios do ambiente, possibilitando mitigar impactos negativos e maximizar oportunidades.

Na atualidade, não faltam razões para reforçar a necessidade dos negócios serem cada vez mais ágeis e capazes de se adaptar às mudanças o quanto antes, visando a sua competitividade e sobrevivência no mercado.

Essas são apenas algumas das vantagens proporcionadas pela aplicação do conceito de business agility, conforme você entenderá a seguir.

Transformações e vantagens proporcionadas pelo business agility

Quando incorporam o conceito de business agility ao seu processo, as empresas alcançam elevado potencial de mudança a partir de uma estrutura organizacional capaz de se ajustar de forma leve e fluida às demandas do mercado.

Seus fluxos são desenhados para permitir ajustes rápidos, sua estrutura de pessoal e hierárquica possibilita remanejos simples e a cultura das equipes acelera a colaboração e, mais ainda, incentiva a inovação corporativa em todos os níveis.

Negócios ágeis tendem a trabalhar com equipes menores e celulares, conhecidas como squads. Além disso, elas fazem uso de métodos ágeis para a gestão de projetos, como Scrum e Kanban.

A estrutura das empresas que praticam o business agility é enxuta. Ela é pensada para reduzir excessos e atividades que não agregam valor ao longo da cadeia interna e pra adotar lotes de trabalho em menor escala, com mais ciclos.

Esse desenho destrava processos e evita imobilização de ativos e equipe, permitindo maior capacidade de adaptação com menor esforço de mudança.

Mas, afinal, como implementar o business agility no seu negócio?

Dicas para colocar o business agility em prática

Antes de abordar algumas dicas sobre como o conceito de business agility se desenvolve na prática, é importante lembrar que até alguns anos, o termo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) explicava bem o contexto no qual os negócios atuavam.

Hoje, o cenário VUCA evoluiu, e o termo BANI (Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível, na tradução do inglês) é que se adequa à realidade instável potencializada pelos efeitos da pandemia.

Nesse contexto, colocar o business agility em prática torna-se um imperativo para os negócios que querem se manter fortes e competitivos.

A inovação deve ser o principal driver estratégico

O primeiro passo para implementar o business agility de forma plena é fazer da inovação o driver estratégico da empresa.

Esse posicionamento incentiva e promove a transformação, fluidez e adaptabilidade tanto para agentes externos (parceiros, clientes, fornecedores, concorrentes) quanto para funcionários e agentes internos da empresa.

Vale ressaltar que é preciso defender essa mudança de fato, não apenas em materiais de divulgação e estratégia de branding. Trata-se de cultivar a cultura da inovação.

Cultura da inovação como motor do business agility

A partir do momento em que a inovação passa a ser um valor central da empresa, o trabalho agora é de efetivar esse valor e sua permeabilidade, mantendo o business agility sempre em foco.

A mentalidade e a cultura de inovação permitem maior aceitação tanto da equipe quanto do corpo executivo em relação às mudanças, além de estimularem a agilidade em todos os níveis da empresa.

Essa quebra de paradigma exige um esforço por parte dos executivos e da equipe de inovação, que deve contar com apoio das áreas de RH e comunicação para acelerar a capilaridade dessa transformação.

Processos e estrutura organizacional

Para reforçar a mudança de cultura, que é algo que demanda mais tempo, deve-se buscar pelo redesenho de processos e da estrutura interna de modo a permitir a transformação prática e cotidiana da empresa.

Essas ações geram impacto e sistematizam o discurso executivo, destacando que a mudança veio para ficar e para gerar resultados de vez.

Processos e estruturas ágeis devem ser leves e enxutas, destravadas, fluidas e, preferencialmente, horizontalizadas. Quanto mais orgânica e transversal for a estrutura da empresa, mais ágil e adaptável ela será.

A preferência, nesse ponto, deve ser por quebrar a departamentalização e a noção de setores, buscando criar times de alta performance com competências complementares e trabalho em pequenos lotes de entrega.

A aplicação das metodologias ágeis facilitam essa transição e adequação das mudanças à realidade até então confortável para as equipes.

Ferramentas ágeis e capacitação das equipes

Por fim, para fortalecer as mudanças e empoderar os novos times, é preciso garantir os meios para que os fins sejam alcançados.

Isso quer dizer capacitar os profissionais em técnicas e ferramentas ágeis, bem como na mudança cultural do novo fluxo de trabalho – antes departamentalizado, agora transversal e em equipes.

As ferramentas ágeis ajudam nesse ponto também ao prover as técnicas necessárias de gestão de projetos e processos, bem como de qualidade e análise das entregas dos times. 

Essa aplicação deve ser aliada ao conhecimento técnico específico de cada profissional, visando sempre potencializar seus resultados e impactos na geração de valor.

Impactos do business agility

Como apontado ao longo do texto, o business agility permite que os negócios desenvolvam a capacidade de adaptação rápida às mudanças imprevisíveis do cenário externo.

Com isso, dois dos grandes objetivos estratégicos de empresas de sucesso podem ser alcançados. São eles:

  1. Mitigação das ameaças: o ajuste rápido às tendências e obstáculos do ambiente externo permite à empresa reduzir os impactos negativos que tais mudanças poderiam causar. Mudando o curso de entregas, estrutura e processos, é possível reduzir a energia de adequação e acelerar a reação às ameaças.
  2. Aproveitamento de oportunidades: sabe-se que o timing pode ser a diferença entre sucesso e fracasso. Ter a capacidade de ajustar o curso de forma ágil potencializa a adequação da entrega de valor às novas configurações do ambiente externo, gerando vantagem competitiva tanto na nova proposta quanto no pioneirismo.

Portanto, fica claro o porquê do conceito de business agility estar cada vez mais em pauta no cenário corporativo, independentemente do segmento de atuação das empresas.

Outro termo em alta entre gestores, empreendedores e investidores é o ESG. Saiba mais sobre esse assunto conferindo outro artigo do nosso blog.